T2P Manifesto

 

 

O grupo de investigação T2P desenvolve investigação no campo das relações entre a teoria e a prática de projecto na área disciplinar da Arquitectura. O seu objecto de estudo não tem uma delimitação geográfica rígida, mas privilegiará a investigação no âmbito da assim chamada Arquitectura Portuguesa (em Portugal e no mundo), sem excluir as arquitecturas e os arquitectos estrangeiros com afinidades arquitectónicas com a nossa própria forma de projectar. O objecto de estudo não tem uma delimitação cronológica rígida, mas privilegiará sempre a Arquitectura Contemporânea (no sentido do que se faz hoje e agora) ou, no caso dos estudos que incidam sobre arquitecturas do passado, na sua relação (enquanto História) com a Arquitectura hoje.

 

Os métodos adoptados pelo grupo não serão, nem exclusivamente científicos, nem exclusivamente empíricos. O grupo privilegiará a importância do dado empírico, mas, procurando encontrar explicações plausíveis para as Arquitecturas investigadas que permitam, no final, compreendê-las melhor e delas extrair ensinamentos para arquitecturas futuras. Os métodos de investigação adoptados pelo grupo darão grande importância ao desenho, às suas virtualidades mas também aos seus problemas, isto é, à capacidade que o desenho possui de dar a ver os problemas no seio dos quais a arquitectura se move e constrói. Quando não presente de uma maneira explícita, as modalidades de investigação do grupo privilegiarão sempre as suas características metodológicas: a intuição, o redesenho, o reconhecimento de uma morfologia, a sua dimensão estratégica, a proporção e a escala, a demonstração de uma ideia, o método tentativa-erro, a sobreposição de soluções possíveis para um mesmo problema, etc., etc.

 

O grupo escolhe assim para se autodenominar «Teoria e Práticas de projecto»:

a.) teoria no singular para declarar a importância que reconhece ao mundo das ideias que percorrem o tempo e o espaço da História e que configurariam, idealmente, um corpus unitário da disciplina no qual as contradições e dissensões existem mas ficam suavizadas;

b.) práticas de projecto no plural para anunciar a pluralidade de hipóteses e caminhos que o ofício da arquitectura não impede nem poderia nunca impedir, que o grupo pretende cultivar como abertura ao mundo (dos homens e das ideias), mas que recusa enquanto lugar-comum de que hoje tudo é possível e válido numa espécie de pluralismo sem nome nem ideias que este colectivo, agora em formação, reconhece, mas no qual não se revê.

 

O grupo acredita ainda no projecto moderno enquanto último vínculo da Arquitectura como ofício com a vida do dia-a-dia numa perspectiva progressista, mas não cega para com a História. O grupo revê-se e quer continuar a herança dos mestres do movimento moderno, antes e depois do pós-guerra, e por isso continua a rever-se na investigação moderna.

 

 

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