Interessado pela arquitectura mais do que pela própria obra, e na própria obra enquanto meio para o aprofundamento e avanço da arquitectura, Leon Battista Alberti (1404-1472) encara o seu trabalho enquanto momento experimental de um desenho maior, um desenho que se refere à experiência da arquitetura através do tempo; o que lhe permitirá, por exemplo, distinguir o que é necessário do que é secundário no projecto e fazer determinadas escolhas, neste sentido, invulgares.
Com Alberti nasce um novo tipo de arquitecto, um arquitecto-filósofo, um arquitecto-sábio e, por isso, plenamente consciente das dificuldades e das responsabilidades do seu trabalho, contudo, bem distinto dos antigos arquitectos-filósofos, dos antigos arquitectos inventores de cidades e de sistemas sociais.
A Alberti interessa, sobretudo, a cidade como ela é, a cidade ao longo do tempo; e da cidade e da sua história, interessa-lhe aquilo que ainda é palpável, como a cidade antiga que chegou até ele, a cidade e a sua arquitectura, a cidade que, através dos sinais que o tempo foi deixando na sua forma, lhe permite distinguir o que é durável do que é provisório, isto é, o que é importante e, como tal, permanente, daquilo que a acção do tempo vai eliminando.
Ano de edição: 2015
Páginas: 196
Coleção: Cidade em Questão
Dimensões: 16,7 x 24,2 cm
Encadernação: Brochado
ISBN: 978-972-36-1408-4